Blast from the Past

Blast from the Past: Castlevania: Curse of Darkness (XB)

A série de games Castlevania, desenvolvida pela empresa japonesa Konami, teve seu lançamento no ano de 1986 com o game “Vampire Killer” para... (por João Pedro Meireles em 24/07/2012, via Xbox Blast)

Caixa do game


A série de games Castlevania, desenvolvida pela empresa japonesa Konami, teve seu lançamento no ano de 1986 com o game “Vampire Killer” para o Famicon Disk System. Dezenove anos e 23 jogos depois, Castlevania aparecia no Xbox naquele que seria o primeiro e último jogo da série para o console: Castlevania: Curse of Darkness. No clássico estilo Hack ’n’ slash (gênero dado a games onde são utilizadas armas brancas como facas, espadas, machados etc.) o game trazia algumas inovações para a série, como a criação de itens e uma mecânica chave no game com a invocação de demônios aliados.



Do “abandono de função” a vingança


Hector e sua mulher


O protagonista do game, Hector, não pertencia à clássica família Belmont, de caçadores de vampiros, logo, não era possível o uso do lendário chicote “Vampire Killer” durante a campanha principal do jogo. Hector era servo de Drácula, novamente antagonista do jogo, e era um dos únicos mortais capaz de invocar os Innocent Devils, habilidade que lhe garantiu o título de Forgemaster. Hector, entretanto, cada vez mais enojado com os métodos utilizados por seu mestre, decide traí-lo, abandonando seu posto e abrindo mão de seus poderes como “forjador de demônios” para poder viver junto aos humanos.


Tudo muda quando a noiva de Hector é acusada de bruxaria e acaba sendo queimada viva. Ele descobre que tudo foi orquestrado pelo outro Forgemaster, Isaac, seu antigo parceiro, que continuara leal a Drácula. Com o desejo de vingança, Hector parte em busca de Isaac, que o desafia a adquirir novamente seus poderes, com o objetivo de completar sua “missão”. Ele então parte em uma jornada por toda a Transilvânia onde passará a utilizar novamente suas habilidades de forjador de demônios e também o poder dos seus Innocent Devils para derrotar os inúmeros inimigos em seu caminho.


Hector vs Isaac


Chega de história... Hora da ação!


Como dito anteriormente o jogo é um clássico Hack ’n’ slash, lembrando em alguns pontos a série Dinasty Warriors, em que um botão é designado para ataques mais fracos e mais rápidos, e outro para ataques mais poderosos, porém mais devagar, cabendo ao jogador saber dosar os dois tipos, combinando-os para criar combos mais eficientes.


“Forjando Demônios”


A profissão de Hector cria uma variável única dentro da mecânica de Curse of Darkness. Ao reaver seus poderes, Hector pode invocar Innocent Devils para ajudá-lo dentro do jogo. Estes são divididos em categorias específicas e com respectivos prós e contras. Um demônio do tipo fada é extremamente útil, pois cura Hector durante o jogo, entretanto, não possui capacidade ofensiva alguma. Já um demônio do tipo Battle é ótimo para combates, mas só contribui com seus ataques. Como só um Innocent Devil podia ser invocado de cada vez, isso acrescentava um aspecto estratégico ao game, onde se tornava necessário saber em quais momentos cada tipo específico de demônio seria o mais útil.



Mas não eram só os demônios que podiam ser “forjados”. Curse of Darkness introduziu um conceito até então inédito na série Castlevania, que era a criação de itens. Além daqueles que seriam deixados ao se matar os oponentes, era possível, e aconselhável, roubar itens dos inimigos. Cada inimigo possuía um momento específico em que ficava vulnerável a esse “roubo”, o que ajudava a tornar as batalhas ainda mais dinâmicas.


Opa... Acho que já estive aqui...


O grande defeito de Curse of Darkness estava nos repetitivos cenários do game. Os castelos, florestas e outros ambientes eram os mais genéricos possíveis, com texturas não muito boas e bem repetitivas. Muitas vezes o jogador passava por corredores em que a única diferença para outros já visitados era a textura em si.


Os inimigos também possuíam um design muito repetitivo, sendo que muitas vezes inimigos enfrentados no começo apareceriam praticamente iguais momentos antes do fim do jogo.



Vale a pena revê-lo?


Castlevania: Curse of Darkness é um bom jogo, pois seu principal defeito, a repetição, não compromete totalmente a qualidade do game. Se você é fã de Castlevania ou do estilo Hack ’n’ slash em si, vale a pena revisitar esse clássico do Xbox.


Revisão: Ramon Oliveira de Souza


é graduando em Engenharia de Computação na UFRGS. Viciado em jogos, em especial Mobas e RTS, passou boa parte da vida jogando-os e pesquisando sobre aqueles que não teve tempo de jogar, o que o levou a virar redator do Xbox Blast.

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