Future Blast

Quantum Break (XBO) quer levar o controle temporal para as mãos do jogador

Redefina o tempo e controle tudo à sua volta no thriller de ação Quantum Break exclusivo do Xbox One.

Em 2013, um trailer de um jogo exclusivo para o Xbox One chegava de forma arrebatadora. Nele, uma mulher se via em volta de estilhaços gerados por uma explosão no que parecia um arranha-céus.


De repente, tudo congela, e uma dupla de personagens entra em cena no meio do cenário congelado. O casal se move normalmente ao passo que tudo à sua volta está estático em um momento do espaço tempo. Ela avisa que os dois têm apenas sessenta segundos. Ele vai empurrando os destroços de mobília, concreto e papel até retirar a vítima de qualquer ameaça. Ela, então, passa a se mover normalmente.

A doutora salva alega que as pessoas que desejam roubar suas pesquisas estão por trás do ataque; nesse momento, tudo volta ao normal no fluxo do tempo.

Assim termina o trailer de Quantum Break, o novo projeto do estúdio Remedy, responsável por nada menos que, entre tantos excelentes títulos, o clássico instantâneo do Xbox 360 Alan Wake. Com a empresa como sua desenvolvedora, o jogo, apesar das poucas informações reveladas, imediatamente virou um dos mais comentados e aguardados da ocasião.

Parando o tempo

Vimos um belíssimo trailer, mas pouco foi dito sobre como tudo se encaixaria no enredo. Aliás, qual o enredo, afinal?

Na verdade, a escassez de informações foi proposital: o título ainda estava em desenvolvimento, e muita coisa iria mudar.
Jack Joyce manipula o tempo em volta do inimigo.
Porém, à primeira vista, são visíveis diversas influências emprestadas de grandes filmes e jogos. Uma das mais notáveis é o bullet-time de Max Payne, outro título da Remedy, que parece ter sido uma das grandes inspirações de Quantum Break. Aqui, no entanto, a paralisia do tempo funciona de forma diferente: enquanto Max e tudo à sua volta entrava em uma câmera lenta no antigo jogo, em Quantum Break apenas parte do cenário e os nela envolvidos ficam presos no tempo congelado. O resto se move normalmente.

E, pelo primeiro trailer, podemos perceber que esse controle temporal talvez seja o resultado de uma tecnologia experimental no qual algum tipo de grupo terrorista quer pôr as mãos, já que chegou a explodir todo um andar de um prédio para tentar alcançar seu objetivo

O tempo mudou

Em outubro de 2014, uma demo chegou para alimentar ainda mais as esperanças de que o título seria um jogo de ação de respeito.

Nele, uma espécie de grupo militar usa seu poder de fogo para capturar um homem que tenta atravessar a ponte por eles ocupada. Mas o homem, que parece ser o mesmo do primeiro trailer, não é uma pessoa normal.

De acordo com o narrador do vídeo, Jack é o nome do protagonista, que precisa atravessar a ponte para encontrar sua parceira, Beth, provavelmente a mesma do primeiro trailer. Mas, para isso, terá que passar pelos seguranças da força Monarch, em meio a um cenário onde o tempo está se deteriorando devido a um experimento que deu extremamente errado.

Graças a esse mesmo experimento, Jack possui a habilidade de controlar partes do tal tempo despedaçado. Por exemplo: em uma cena, o personagem se esconde atrás de uma proteção até o momento em que alguém joga uma granada. Nesse instante, Jack congela aquela espaço, deixando tudo mais lento, e foge do lugar, fazendo com que a granada demore ainda mais para explodir.

Outro efeito bem interessante são os tiros e explosões. É possível diminuir a velocidade do tempo em volta de seus inimigos e assim explodir barris ou qualquer objeto inflamável à sua volta, causando belos efeitos de encher os olhos.

O controle do tempo também servirá não apenas em combate, mas também para atravessar cenários destruídos e obstáculos que o impeçam de avançar. Uma ponte desabada, por exemplo, pode ser reconstruída ao voltar-se no tempo e congelar o momento em que ela ainda estava ali, intacta.

Agora o tempo é outro

Mas se você achava que Quantum Break estava quase pronto, se enganou. Um ano de desenvolvimento foi suficiente para levar o tom cinematográfico ao game, com direito inclusive a atores hollywoodianos no cardápio.

E 2015 chega com novos vídeos e gameplay de Quantum Break, que agora será explorado em duas vertentes. Será possível acompanhar, além do jogo, uma minissérie que terá influência direta sobre o enredo da trama. As decisões do jogador afetarão ambas as mídias, tornando a experiência única.

O elenco traz Shawn Ashmore (X-Men: Dias de um Futuro Perdido e Fringe) como o protagonista Jack Joyce, Aidan Gillen (o Mindinho do seriado Game of Thrones) como o vilão Paul Serene, Dominic Monaghan (o hobbit Merry da trilogia O Senhor dos Anéis) como o irmão de Jack, William e Lance Reddick (Lost e Fringe) como o misterioso Martin Hatch.

A trama continua com seus pontos principais intactos: um experimento de viagem no tempo dá errado, afetando todo o espaço-tempo e três pessoas em especial. Jack e Paul conseguem manipular o tempo a sua volta, enquanto Beth prevê o futuro e é capaz de mudá-lo.

A organização vista nos vídeos anteriores, a Monarch Solutions, foi fundada pelo vilão Serene, que deseja capturar Jack. Sua desculpa é consertar o espaço-tempo, mas ele não pretende fazê-lo sem antes suprir suas próprias necessidades obscuras de poder. Para atingir tal objetivo, até mesmo usar o irmão superdotado de Jack como isca servirá como uma das formas de atraí-lo a suas armadilhas mortais. Mas o que será que Paul quer realmente fazer com Jack? Essa é uma das respostas que Quantum Break trará assim que for lançado.

Tempo de espera

E claro que, com tantas qualidades, os donos do Xbox One não veem a hora de pôr as mãos nesse jogo que promete ser um thriller de ação de primeira, com tiros, explosões, controle do tempo, trama excelente, lindos gráficos e interação única.

Quantum Break já figura entre um dos mais esperados títulos de 2016 e exatamente no dia 5 de abril poderemos colocar à prova todos os poderes de Jack e entender de fato o que aconteceu com o tempo.

Revisão: Bruno Alves
Capa: João Gilberto


Escreve para o Xbox Blast sob a licença Creative Commons BY-SA 3.0. Você pode usar e compartilhar este conteúdo desde que credite o autor e veículo original do mesmo.

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