Game Music

Game Music: As músicas de jogos favoritas da equipe GameBlast - Parte 1

Cada vez mais as trilhas sonoras de jogos se tornam uma parte essencial desses. Mais do que apenas ambientar, elas já passaram muito disso, ... (por João Pedro Meireles em 09/11/2012, via Xbox Blast)

Cada vez mais as trilhas sonoras de jogos se tornam uma parte essencial desses. Mais do que apenas ambientar, elas já passaram muito disso, sendo capazes até mesmo de nos emocionar e nos lembrar dos melhores momentos que tivemos ao jogar. A coluna GameMusic já trouxe algumas trilhas fenomenais e suas igualmente fantásticas músicas. Mas dentre essas, quais são nossas favoritas?


 Zelda’s Lullaby (The Legend of Zelda)

Ouvi essa clássica e bela canção da série Zelda pela primeira vez enquanto jogava Skyward Sword. Outras versões dela já eram bastante conhecidas pelos fãs de Link, como a que se ouve em Ocarina of Time. Infelizmente não pude apreciar essa música mais cedo, pois somente mais tarde jogaria um dos mais épicos jogos da Big N. Sendo assim, pude ser contemplado por essa bela canção em um dos momentos mais tensos da jornada de Link para resgatar Zelda e livrar o mundo do mal.
A música toca em diversos momentos de Skyward Sword, mas é no instante em que Zelda explica toda a história sobre a deusa Hylia, o demônio Demise e o guerreiro lendário que a canção atinge o seu ápice. A melodia transmite de uma forma perfeita o sentimento de pesar e frustração por saber que batalhas cruéis e mortais estão por vir, ao mesmo tempo em que passa uma sensação de otimismo em relação a toda essa jornada incrível que parece não ter fim. Realmente é uma passagem única na série Zelda e na minha vida pelos jogos eletrônicos.

Luís Antônio Costa – Redator do Nintendo Blast

Burn My Dread (Persona 3)

O Persona 3 foi o jogo que me iniciou/viciou na franquia. No momento em que você começa a jogar o game, demora pelo menos de 15 a 20 minutos para você se sentir preso. Para mim, assistir a apresentação foi o suficiente para me deixar intrigado com o jogo. O seu ar de mistério e tensão consegue ser passado logo de cara. A trilha sonora inteira é brilhante e vai ficar na sua cabeça até mesmo depois de você terminar o jogo.
Recomendo a todos os jogos da franquia Persona como também parar e escutar as músicas compostas pelo genial Shoji Meguro, responsável pela criação de outros hits da Atlus como Catherine, SMT Digital Devil Saga, Trauma Center, SMT Devil Summoner, entre outros.
Silvio Carréra - Redator do Xbox Blast

Bombing Mission (Final Fantasy VII)

A narrativa nos jogos sofreu um grande avanço com as CGI. Vi Final Fantasy VII pela primeira vez em uma locadora, logo na cutscene em que Cloud & Cia estão fugindo em veículos de Midgar. 'Queixo caído' seria o melhor termo para me descrever naquele momento. Entrei na fila para poder experimentar o jogo e, logo após de dar New Game, vejo uma cena épica. Universo, uma garota de olhos verdes, uma cidade, e então um zoom out revela todo um complexo industrial. Acompanhando tudo isso, uma música cresce em escala junto com o que é mostrado na tela. Mas a melodia possui um elemento estranho, um som que faz alusão a mecanismos a vapor.
Tudo se explica quando a cena começa a alternar entre um zoom in na cidade e uma locomotiva em alta velocidade. E, conforme a locomotiva para na estação, o som de pratos indicam a mudança brusca na música, saindo da overture (abertura, ou introdução instrumental) calma e entrando em um rítmo frenético que te instiga a invadir o reator Mako e mandar tudo pelos ares. Bombing mission é mais uma prova da genialidade de Nobuo Uematsu, ao encaixar tão perfeitamente um tema em uma cena, contando a história com a música.
Vitor Navarrete- Redator do Playstation Blast

Baba Yetu (Civilization IV)


Sempre achei  uma tarefa ingrata escolher "o melhor" ou "o favorito" de alguma categoria. Eu adoro jogos, e adoro trilhas sonoras, então decidir apenas uma para citar não é fácil. Mas, neste caso específico, sabia sobre qual música deveria escrever para não cometer uma injustiça: Baba Yetu. Composta originalmente pelo norte-americano Christopher Tin como a música de abertura do quarto capítulo da tradicional série de estratégia em turnos Civilization, a canção de alguma forma consegue transmitir as glórias dos cerca de 5 mil anos de evolução das civilizações humanas em pouco mais de três minutos.
Mesmo, ou talvez justamente por isso, a letra sendo uma adaptação da oração "Pai
Nosso" em suali, língua oficial do Quênia, Tanzânia e Uganda, incompreensível para nós ocidentais, é impossível não se sentir em uma viagem épica pela história ao assistir o trailer ou a abertura do jogo enquanto a música toca. Baba Yetu não apenas é um exemplo de orquestração magnífica, mas também é muito significativa para os videogames em geral: foi a primeira trilha sonora de um jogo a ser indicada e ganhar um Grammy, prêmio máximo da música norte-americana, pela categoria "Melhor Arranjo Musical acompanhado de Vozes", motivando a ampliação da categoria "Melhor canção escrita para mídia visual", que agora engloba games. Se no futuro
ouvir trilhas sonoras de jogos for um hábito comum, mesmo entre os leigos no
assunto, agradeça à Baba Yetu.

Bruno Grisci - Diretor de Pautas e Redator do Nintendo Blast


Song of Storms (The Legend of Zelda: Ocarina of Time)

Imaginem o efeito para uma criança ao ver que uma música pode afetar tanto a natureza. Foi essa a minha reação ao tocar pela primeira vez a Song of Storms, em The Legend of Zelda: Ocarina of Time. Assistir o modo como as notas musicais influenciavam no mundo ao meu redor despertou a minha paixão por música, na qual pude assistir que a melodia era mais do que arte, era uma sincronia entre o homem e a natureza. Mas acredito que o maior impacto que me causou foi quando Link volta no tempo e ensina ao senhor do moinho a tocar a mesma música.
No instante em que o fiz não tinha notado, mas na segunda vez que joguei (cerca de dois anos depois), pude perceber algo realmente perturbador e que todo jogador de Zelda atualmente deve saber: você cria um paradoxo no jogo. A pessoa que te ensina a Song of Storms no futuro só sabe essa música, pois você ensinou a ele no passado. Foi essa jogada inteligente que provocou em mim um desejo incessante de buscar por respostas, querer sempre entender mais e mais sobre um assunto até chegar ao fundo e entender a origem de cada causa e consequência. Infelizmente, como devem saber, nem tudo tem explicação – como saber quem aprendeu a música primeiro, o homem do moinho ou Link.
Fellipe Camarossi - Redator do Nintendo Blast

Open Your Heart (Sonic Adventure)


A música que eu escolhi se chama "Open Your Heart", de autoria da banda Crush 40, e é tocada na abertura do game Sonic Adventure. Conheci a faixa quando eu tinha uns 8 anos, e possuía um Master System onde perdia dias e dias revirando o Sonic e outros jogos que vieram  junto com o console. Foi quando um primo meu, durante um churrasco, levou para casa o videogame novo que ele tinha comprado pra me mostrar. Foi a primeira vez que eu tinha visto tanta potência em um console, e o primeiro jogo que eu joguei nele foi "Sonic Adventure".
De cara quando a música tocou pela primeira vez, eu já gostei. E quando eu vi o Sonic de "humildes" 8 bits do meu Master System transformado em um vulto azul na tela com o Dreamcast, eu não pude pensar em música mais adequada para o momento. Desde então, essa música me acompanha e faz lembrar de que tudo na vida pode ficar ainda melhor."

Vinícius Muza – Colaborador do Gameblast

Exile Vilify (Portal 2)


É raro encontrar uma música com letra durante um jogo, nesses casos, as letras sempre são relacionadas ao acontecimento e ao enredo do jogo. Exile Vilify não é diferente. Encontrada em um rádio em especial, num Ratman Den, como um easter egg, a música se relaciona muito bem com o enredo e com a atmosfera do jogo, ainda mais com o ambiente no qual é encontrado, em um dos refúgios do Rattman, um dos únicos sobreviventes do ataque de Neurotoxina da GLaDOS.
A letra contém partes de alguns graffitis do cientista esquizofrênico, fazendo referência ao exílio em que ele se encontra, do qual nunca irá fugir, seja o exílio da gigante Aperture ou de sua própria mente. A música acaba se relacionando também com a Chell, que não conseguiu fugir na primeira aventura e ainda está presa, e no início de sua nova jornada em Portal 2.

Vítor Nascimento-Diretor do fórum Nintendo Blast e Designer do Gameblast

E para você? Qual dessas é a melhor? Consegue pensar em alguma música favorita? E lembrem-se, semana que vem tem mais, com a parte 2 desse especial!


Revisão: Leonardo Nazareth Pereira

é graduando em Engenharia de Computação na UFRGS. Viciado em jogos, em especial Mobas e RTS, passou boa parte da vida jogando-os e pesquisando sobre aqueles que não teve tempo de jogar, o que o levou a virar redator do Xbox Blast.

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