Faça a diferença
Sabemos que há versões de South Park: The Stick of Truth para PS3 e PC também, mas a demonstração foi rodada num Xbox 360. Em vez de um FPS como South Park (com versões para N64 e PS1), a desenvolvedora Obsidian Entertainment optou por um RPG para o novo game da série e tratou de chamar a dupla idealizadora dos episódios, Matt Stone e Trey Parker, para garantir a essência do desenho animado. Pelos trailers, podíamos ver que todos os elementos do universo de South Park estariam inclusos, desde itens a personagens, passando por localidades, tribos e piadas. Sim, o mundo da série é vasto e a nossa única preocupação era como tudo iria se organizar em um jogo coeso. Felizmente, o que pudemos assistir nos mostrou que a Obsidian Entertainment não está apenas querendo fazer um jogo com "South Park" no título, mas sim o único tipo de aventura em que você pode usar um vibrador como arma e peidar para destruir seus inimigos.
Esse ano, não tivemos um banner tão grande quanto esse da E3 2012 |
A história não parece ter mudado desde a última vez que vimos The Stick of Truth. Uma guerra civil entre as crianças se alastra por South Park. Ambos os lados querem o "graveto da verdade", um item mágico (*cof* um graveto qualquer *cof*). E você está bem no olho desse furacão, um novo garoto que parece ser a chave para decidir qual lado irá ganhar. Ficou claro que as decisões do jogador terão papel crucial no desenrolar da trama, então provavelmente a escolha será sua se vai optar por se aliar a Kyle e Stan ou ser mais um capacho de Cartman, assim como Kenny e Butters.
Espadas, escudos, armaduras... e peidos
The Stick of Truth é um RPG nada tradicional. As armas usadas exploram os temas da série, então espere por coisas bem bizarras, como vibradores e isopores cheios de gelo. As habilidades também seguem o mesmo estilo: peidar, xingar e invocar aliados (como Jesus Cristo) são exemplos. E o sistema de batalha pareceu abrigar muito bem esses elementos: é um RPG em turnos, com diversas mecânicas que exploram o timing com os botões à lá Paper Mario (N64). Pelo que vimos, as batalhas parecem muito divertidas. Estranhamente, foi só nessa demonstração reservada que vimos a interface do jogo, com os menus de combate e barras de HP, elementos que as imagens do game não têm mostrado para o público em geral.
Acredite, isso é um campo de batalha. E, em alguns segundos, estará encharcado de sangue! |
Ensopar o inimigo e depois encostar dois fios desencapados. Com certeza, não é brincadeira de criança |
Mas também havia passagens de ação e puzzles além das batalhas em turnos. Nesses momentos, derrotar os inimigos não envolvia entrar em uma luta formal, mas explorar elementos do cenário para matá-los (com direito a mutilações mesmo). O único detalhe que me deixou receoso foi o excesso de linearidade na demonstração. Havia muitas cutscenes, e momentos em que o game parecia seguir em trilhos. A batalha final da demonstração, por exemplo, parecia ser totalmente ensaiada. É um problema comum de games baseados em séries de TV, mas esperamos que a versão final consiga superá-lo.
Prepare-se para conhecer uma versão pós-apocalíptica da cidade de South Park... e tudo isso por causa de um graveto? |
Beleza tosca, assim como o desenho
South Park pode ter um estilo de arte simplório, mas é nele que reside todo o charme da série. Talvez tenha sido pensando nisso que a Obsidian Entertainment decidiu manter o mesmo estilo, em vez de tentar retratá-lo de outra maneira, assim como alguns fracassados games da série fizeram no passado. E o resultado disso em The Stick of Truth parece ser excepcional! É como estar vivendo um episódio de South Park, com direito a cenários chapados, com fogo como se fosse filmado de verdade, animações toscas e sangue para todo o lado. As dublagens também são as mesmas da TV, o que nos aumenta a imersão, já que vozes como a de Cartman são insubstituíveis.
Quanto tempo mais teremos de esperar para este reflexo virar realidade? |
Nossas expectativas por South Park: The Stick of Truth são altas, sobretudo ao assistir à demonstração jogável. É um game que promete, só esperamos que a desenvolvedora continue a almejar um jogo de South Park e não um episódio de South Park em formato jogável
Revisão: Leonardo Nazareth
Capa: Stefano Genachi
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