Fugindo do comum
Como um FPS tático, o jogo nos oferecia alguns elementos diferenciados do que podemos estar acostumados a ver em outros jogos, sendo este o fator diferencial de grande destaque. Por colocar você no comando de um esquadrão, o jogo lhe faz construir táticas de ataque e defesa para que possa avançar na campanha.O cenário possui algumas interações que podem ser utilizadas na ajuda da formação tática, como por exemplo, você pode ordenar a um de seus clones para que cubra a vanguarda com um rifle, enquanto pode executar uma das formações disponíveis no game, tais como reagrupar e formação ofensiva. Também é possível executar uma operação, como desativar uma máquina e ordenar que companheiros lhe cubram durante o processo, ou até mesmo ordenar para que um deles o faça. Quase que sem exceção alguma, todos os locais possuem algum ponto para interação, seja de seus companheiros, como parte da formação, ou sua.
Dependendo da situação, as ordens serão executadas sem questionamento. |
O que se deu até aqui?
Durante a guerra contra os separatistas, a República se via em desvantagem contra o exército de droids e o extremo poder da Força que os Siths possuíam. Até que, diga-se por milagre, um exército de clones foi descoberto. Eles estavam sendo fabricado anos atrás pelos Kaminoanos em Tipoca, localizados no planeta Kamino, um planeta desconhecido pela república. E é a partir daí que se inicia a história de nossos quatro heróis do Esquadrão Delta, neste clássico da franquia: Star Wars: Republic Commando!Temos de admitir: A capa é bem estilosa. |
Commandos…?
Os Republic Commando eram a Elite dos clones, sendo estes treinados desde o início mais arduamente, de modo que fossem dados como os melhores clones possíveis. Eles recebiam missões especiais, geralmente focadas em infiltração, assalto e assassinato. A classe dos Commandos partiu da ideia de Jango Fett, o caçador de recompensas doador do DNA que gerou os clones para esquadrões de operações especiais, sendo que ele “previa” que seriam necessários. (E realmente foram).É hora de entrar em cena! |
Impressão minha ou todos eles têm cara de mau? (Ou triste) |
Os vilões do game variam de carismáticos droids, aos mais variados aliens (que dariam uma bela lista), além dos já conhecidos MagnaGuards, robôs da guarda pessoal do General Sith, Grievous, que está presente no terceiro longa da segunda trilogia, Droidekas, que se destacam por sua forma de locomoção peculiar (viram uma espécie de roda), e até mesmo máquinas massivas e mortais como os Spider Droids, sendo estes droids realmente grandes e trabalhosos de destruir. Mas o jogador também conta com aliados, como os próprios Wookies, que o ajudarão no decorrer da fase em que estão presentes, além da aparição surpresa de alguns personagens icônicos da série.
Quando disse que Sev é "casca grossa", não estava brincando! |
A “visão interior”
Algo interessantede se notar é: Já pensou como os clones veem dentro do capacete? Pois então, logo de cara a HUD (Heads Up Display), ou seja, o nosso visor, mostra-nos isso. Quando seu personagem coloca o capacete e o ativa, o display é ligado, fazendo aparecer seu escudo de energia, sua energia vital, o status de seus companheiros e o objetivo, além de providenciar comunicação com seu operador e algumas informações sobre o inimigo que está na mira. Também podemos notar que o capacete possui um belo formato de “T”, o qual observamos claramente por uma visão básica do lado de fora.O capacete possui três modos diferentes de visão: o modo normal, que mostra apenas o status de sua equipe e de seu personagem, o modo de visão noturna, o qual é bastante utilizado nas fases escuras, e o modo tático, este que demonstra o nome de seus companheiros e algumas cores diferenciadas nas barras laterais que podem ajudar na formação de táticas para avançar. Um detalhe interessante, também presente no jogo, é o fato de que, quando o jogador atinge um inimigo em um combate a curta distância, o visor fica com o líquido vazado do inimigo morto, seja ele óleo ou sangue. Mas não se preocupe, caro leitor, pois o visor possui uma programação padrão de auto-limpeza!
Ao invés de uma carta, os Commandos possuem uma faca na manga. |
Altos e baixos
A jogabilidade do jogo conseguiu ser um dos grandes destaques, até porque a sensação de urgência presente é constante, tanto que nos faz perceber que realmente estamos em uma guerra. Mas os cenários também não podem ficar de fora. Utilizando a Unreal Engine 2, da Epic Games, a LucasArts conseguiu fazer alguns dos locais mais lindos que se poderia ver em uma batalha intergaláctica, mas isso não significa que tenha ficado perfeito, pois, em alguns momentos, não era possível distinguir SW de DOOM 3!O jogo se passa em três localizações diferentes: O planeta Geonosis, onde se inicia a Guerra dos Clones, a Prosecutor, um cruzador de batalha intergalático estonteantemente enorme e em apuros, e o planeta Kashyyyk, já conhecido pelos fãs por habitar os carismáticos Wookies (Chewbaca é um deles, caso não saiba)!
Mesmo com suas limitações, os cenários eram muito bem trabalhados e conseguiam ajudar na imersão ambiente, além do pequeno, mas belo arsenal que o game possui, contando com armas e granadas.
Sim, caro leitor, você conhece aquele baixinho. |
Mesmo com todos os seus pontos positivos, SW: Republic Commando conseguiu pecar em algumas coisas. O modo multiplayer do jogo é uma destas coisas, pois não passou de apenas um mata-mata genérico, onde os jogadores trocavam tiros nos belos cenários dos jogo. Os modos disponíveis eram os clássicos Capture a Bandeira (Capture de Flag), Mata-mata (Deathmatch), Mata-mata em equipe (Team Deathmatch) e Assalto. Um outro fator negativo é o fato da campanha principal ser um tanto quanto curta, o que lhe faz ficar com com uma água na boca e um desejo, infelizmente, insaciável de “quero mais!”, além do número limitadíssimo de formações táticas disponíveis para utilizar.
Já acabou!?
Star Wars: Republic Commando conseguiu deixar sua marca na franquia pela sua jogabilidade, história e trilha sonora imersivas, mas infelizmente nem todos tiveram a chance de jogar. Mesmo com seus pontos negativos, como o modo mutilplayer ou a curta campanha, ainda é possível considerá-lo um dos melhores títulos da marca. Uma continuação para o jogo, titulada de Star Wars: Imperial Commando, encontrava-se em seus estágios iniciais de desenvolvimento, tanto que teve até mesmo suas artes conceituais reveladas. Porém, em 2004, antes mesmo do lançamento do primeiro game, esta foi cancelada. Quem sabe em um futuro próximo, já que os direitos dos jogos da franquia se encontram com a Electronic Arts, a sequência seja finalmente lançada. Hoje o jogo se encontra disponível em lojas como a Steam ou a Xbox Live a um preço significantemente baixo, o que pode atrair alguns novos jogadores e trazer de volta os antigos.
Ainda há esperança! |
E você, caro leitor, teve a oportunidade de jogar este título? O que achou?
Revisão: Jaime Ninice
Capa: Sybellyus Paiva
Adorei esse jogo! E sim, ele é curto demais e terminou esquisito pra mim. Hiper curtiria uma sequência dele
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