Vem aí

É hora de preparar seu Xbox One para a ação desenfreada de Titanfall

Grandes máquinas de combate se enfrentam naquele que promete ser o primeiro grande jogo do Xbox One

Desde o lançamento do Xbox One e toda aquela polêmica envolvendo algumas escolhas, a grande expectativa dos jogadores sempre foi saber quais exclusivos o console traria para essa nova geração. Se alguns velhos conhecidos chamaram atenção, como Forza 5, outros ainda distantes, como Quantum Break,  também criaram expectativas nada, porém, chamou mais atenção do que Titanfall, que curiosamente também será lançado para PC e X360. Esse FPS que promete fugir do gênero tão tradicional, para não dizer repetitivo, encantou a todos que tiveram a oportunidade de testá-lo. Será que a EA conseguirá cumprir as expectativas?

Origens bem conhecidas

Apesar de seu grande trunfo ser a inovação em relação ao gênero FPS,  a Respawn Enterteiment, empresa responsável pela criação do jogo, possui origens em um jogo bem “clássico”. A companhia possui seus fundadores oriundos da Infinity Ward, empresa responsável pelo amado e odiado Call Of Duty. E Titanfall pega, de fato, muitas inspirações do seu “pai”. Desde a escolha pelo formato, com poucos jogadores e mapas menores, até o modelo de upgrades nas diferentes classes e Titans. Muitas das mecânicas que tornaram CoD uma das maiores séries da história estarão presentes no novo jogo da EA.

Mas você deve estar pensando então (especialmente se você é um dos que critica a repetição da série Call of Duty): “Mas se os próprios criadores vieram de um jogo tão marcado pelo “mais do mesmo”,  como que esse jogo pode ter algo de especial ou diferente?”. É justamente por isso que estou escrevendo essa prévia. Nunca fui fã de jogos de tiro, embora jogasse alguns quando criança, e com essa crescente onda de jogos anuais e falta de inovação, o FPS virou uma raridade em minha coleção. Após ver alguns vídeos sobre Titanfall, entretanto, eu senti uma vontade imensa de jogá-lo, algo que não acontecia há mais de 5 anos. Vamos então mostrar o porquê de tanta empolgação.

Meu amigo Titan

É claro que essas simpáticas (pelo menos para seu time) e enormes criaturas metálicas são o destaque do jogo, até por darem seu nome ao mesmo. Os titans são a mecânica mais importante do jogo,  e não se preocupe caso você não seja bom, ao contrário de CoD, a disponibilidade deles é baseada apenas no tempo e não em killstreaks. Após montar um deles, apenas um estava disponível na beta do jogo, o jogador terá a disposição um armamento pesado e uma imensa mobilidade, além de alguma funções úteis (como um campo magnético que repele ataques).

Mas não pense que eles são invencíveis, e é justamente esse o grande atrativo da jogabilidade, uma eterna sensação de Davi contra Golias no campo de batalha. Além de todos os soldados estarem equipados com duas opções de armas “anti-titan” (uma metralhadora com balas perfurantes e um inocente lança-foguetes),  é possível, com a habilidade adequada, subir no colossal armamento e, após abri-los com apenas suas próprias mãos, atirar dentro do mesmo para, ou danificar o interior do robô ou até mesmo matar o piloto. Tudo isso em uma cena digna de um filme do Rambo no futuro.

Cirque du Soleil... só que com armas

Claro que controlar os Titans é obviamente o maior atrativo do jogo, mas não se engane, jogar com os pequenos “Davis” não deixa de ser divertido. Para compensar a ausência de resistência e poder de fogo que os pequenos pilotos têm em relação a suas máquinas, estes possuem uma enorme mobilidade, podendo usar desde saltos duplos até escaladas laterais pelas paredes, tudo isso proporcionado pelos mais modernos “jetcpacks” que o dinheiro pode comprar.

E não pense que ao chamar seu titan você necessariamente terá que entrar nele. Isso torna toda a experiência muito mais variada,  pois muitas vezes os jogadores podem escolher usar seus amigos metálicos apenas como sentinelas, seja para guardar uma posição estratégica ou até mesmo para fazer uma emboscada.

Em relação aos armamentos, os pilotos não possuem grande variedade, contando em grande parte com armas padrão de jogos de FPS. Uma delas, entretanto, segue a onda de inovação que Titanfall promete trazer: “a pistola inteligente”. Ao contrário de armas comuns, seu objetivo será travar o máximo de alvos possíveis na sua mira, para, se esses permanecerem tempo o suficiente parados, matar todos com apenas um único tiro. Embora isso pareça forte demais, seu uso é muito difícil e requer muita, como o próprio nome sugere, inteligência, pois caso ela não consiga travar os alvos de forma satisfatória, o dano causado será como o de uma bala de festim.

Um soldado para chamar de meu

O grande destaque fora do campo de batalha para Titanfall são as customizações e upgrades nas classes. Assim como em Call of Duty,  os jogadores poderão escolher armas e utensílios para criar uma classe própria, além de desenvolver esses apetrechos de acordo com o quanto você joga no excelente modo multiplayer. Mais uma vez você deve estar pensando o quão repetitivo isso pode ser, mas é aí que Titanfall surpreende mais uma vez. As Burn Cards são cartas que dão uma grande vantagem ao jogador enquanto estiverem ativas, podendo dar uma bônus enorme de velocidade ao seu piloto, tempo de recarga menor entre os usos de titans e até um acréscimo de força nos mesmos. O grande defeito, e responsável por trazer equilíbrio para o jogo, é que elas só ficam ativas enquanto você estiver vivo, sendo que, caso você morra dez segundos depois de nascer, pode dar adeus a sua carta.

Soldados a postos

Se os donos de XBO esperavam por um jogo de tiro digno da nova geração, Titanfall está aí para suprir essa necessidade. Com uma mecânica diferente dos demais e com grandes possibilidades de variações, o FPS da EA promete trazer uma dose de adrenalina e empolgação para todos que o adquirirem. Agora só resta esperar até 11 de março, sentar no sofá, e chamar seu titan!
Titanfall (XBO/X360/PC)
Desenvolvimento: Respawn Enterteiment
Gênero: FPS
Lançamento: 11/03/2014
Expectativa: 5/5
Revisão: Leonardo Nazareth
Capa: Felipe Araujo 

é graduando em Engenharia de Computação na UFRGS. Viciado em jogos, em especial Mobas e RTS, passou boa parte da vida jogando-os e pesquisando sobre aqueles que não teve tempo de jogar, o que o levou a virar redator do Xbox Blast.

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