Explorando o obscuro
Ori and the Blind Forest é um excelente jogo de plataforma, pelo que pudemos testar. Não trata-se de uma superação de desafios como no clássico Super Mario Bros. (NES) ou no recente Rayman Legends (Multi). Ori preza pela exploração de gigantescos cenários, repletos de detalhes e segredos, alcançando sempre novas áreas através de power-ups, como num Metroid ou Castlevania. E a semelhança com esses dois clássicos que "inventaram" o gênero metroidvania não fica apenas para o foco na exploração, mas também na atmosfera do jogo. Percorrer os ambientes fantásticos de Ori é como explorar um planeta novo em Metroid. A sensação de estar sozinho é forte, e a hostilidade dos adversários também fica bem evidente.
Em ação, Ori é lindo. O estilo artístico lembra muito Child of Light (Multi) por ser todo feito à mão e recheado de detalhes. Movimentar Ori também é muito fluido. Algumas vezes me peguei movendo a personagem por aí só para presenciar suas lindas animações. Os efeitos de luz provenientes dos ataques também são belos. Não que seja um jogo de ação, mas você provavelmente ficará dando tiros para o ar só para vê-los estourar em bonitos flashes de luz. A trilha sonora não dá para ser bem apreciada no meio do barulho da E3, mas o que o trailer nos mostrou aponta para um estilo cativante.
Aventure-se
A jogabilidade de Ori funciona bem. Não podemos dizer que é o game de plataforma mais preciso de todos, pois algumas vezes os controles me confundiram e não responderam bem. A falta de exatidão dos limites das plataformas talvez seja o motivo, mas, no geral, trata-se de uma jogabilidade suave. Inicialmente, temos poucas habilidades — apenas saltar e atirar projéteis luminosos teleguiados. Mas, com o passar dos desafios escondidos pelos cenários, vamos encontando power-ups novos. Ao obter o wall jump, pude alcançar novas áreas do cenário e dar seguimento à aventura.
É um estilo de progressão já conhecido, mas que funciona bem. Há alguns puzzles também, mas nada muito complicado. Em um deles, precisei coletar pedaços de uma pedra que funcionavam como chave para uma porta. Em outro, devia empurrar uma pedra para usá-la como plataforma. Não sabemos se este tipo de desafio vai entreter por toda a aventura, mas é de se esperar que o nível de exigência vá aumentando progressivamente.
Simpesmente Ori
Ori foi um dos jogos mais interessantes que pude apreciar. Simples? De fato. Criativo? Bastante. Quem curte os estilos consagrados de Metroid e Castlevania e quer experimentar um clima que fica entre a escuridão de Limbo (Multi) e a fantasia de A Viagem de Chihiro vai com certeza se interessar por Ori. Até o lançamento desse exclusivo de Xbox One, ficaremos ligado nas novidades. Ori and the Blind Forest promete!
Revisão e edição: Vitor Tibério
Capa: Felipe Araujo
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