O homem por trás da recuperação
Phil Spencer nunca foi uma celebridade dentro da comunidade gamer antes de assumir o posto de header da divisão Xbox, mas isso não significa que ele não tinha uma história dentro da companhia. Formado na universidade de Washington, Spencer começou a trabalhar na Microsoft em meados de 1988 no setor de softwares CD-ROM (conjunto de programas da Microsoft que eram vendidos separadamente dos seus sistemas em CDs).
Após alguns anos trabalhando em posições elevadas em diferentes setores da companhia (estando por trás de programas como Microsft Word), Phil foi transferido para a Microsoft Game Studios EMEA (responsável pela parceria com estúdios situados na Europa e Ásia), trabalhando diretamente com estúdios como Lionhead e Rare.
Sua última posição antes de tomar o lugar de Marc Whitten, e onde Spencer se destacou mais ao longo de sua carreira, foi a de diretor geral da Microsoft Game Studios. Após a saída de seu antecessor, Phil Spencer apenas incorporou o cargo de header da divisão Xbox, mantendo seu antigo cargo na Microsoft Game Studios e, assim, tendo controle sobre todo o setor de vídeo games da gigante americana.
A mudança de filosofia
Como um funcionário oriundo das divisões de games da empresa, o grande objetivo de Phil Spencer, segundo ele próprio, era de colocar o Xbox One no centro das atenções da imprensa e orientar todas as estratégias da Microsoft para torná-lo o mais gamer oriented possível.
E qual a melhor chance de mostrar isso que a maior conferência de games do mundo, a E3? O ano de 2014 foi marcado por grandes apresentações das três gigantes do mercado, mas é inegável que a Microsoft foi a que apresentou maior evolução em relação ao ano anterior. Mesmo que a vitória da empresa seja questionável, a promessa de Phil Spencer, que foi refeita assim que o mesmo subiu no palco, de que o Xbox One voltaria a ser mais orientado para os jogadores, foi cumprida a risca. Com a apresentação de títulos que se tornariam destaques no console nos próximos meses, como Sunset Overdrive, e promessas que até hoje não foram lançadas (como o promissor Scalebound), a conferência, que tomava ares de última esperança da Microsoft para aquele ano, parecia estar resgatando o console do limbo ao qual ele se direcionava.
Os jogadores acima de tudo
Ser gamer oriented, entretanto, não se trata apenas de lançar mais jogos e exclusivos. Cuidar do jogador e atender ao seus pedidos também é um das partes mais importantes dessa política, e Phil Spencer também fez questão de lembrar a comunidade gamer disso na E3 de 2015. Na conferência que foi provavelmente a melhor da história da gigante americana, o próprio subiu ao palco para anunciar algo que parecia impossível em uma geração marcada por constantes, e muitas vezes criticados, remakes: a retrocompatibilidade.
Para completar com chave de ouro o aspecto "desejo dos jogadores", a Microsoft também anunciava a coletânea Rare Replay, responsável por trazer trinta jogos da amada empresa, a qual Spencer trabalhou na época da Microsoft Game Studios EMEA, para a nova geração.
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