Apesar dos controles de
Xbox não serem tão populares quanto, por exemplo, o famoso
DualShock do PlayStation, é inegável a sua forte presença no mercado. Seja pelo design ergonômico, boa compatibilidade com o sistema Windows ou pelo surgimento do revolucionário
Kinect, o videogame da Microsoft tem joysticks bastante utilizados na comunidade gamer. Vamos conferir um pouco da história destes dispositivos em mais um
Plug and Blast.
O começo da família
Lançado originalmente com o primeiro Xbox em novembro de 2001, o controle chamado
Duke criou o design padrão para todas as novas gerações. Ele conta com dois botões do tipo “gatilho” (na parte traseira), as tradicionais setas direcionais, os botões Start, Back, X (azul), Y (amarelo), A (verde), B (vermelho), branco e preto. O joystick apresenta duas alavancas analógicas não alinhadas, que se tornou uma marca registrada nos consoles da Microsoft.
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O primeiro controle da família Xbox |
Uma característica interessante é a presença de um conector especial para proteção do Xbox. Caso o cabo do controle fosse puxado com força excessiva, o conector se soltava e o videogame não vinha abaixo (levante a mão quem nunca presenciou alguém tropeçando nos fios dos joysticks de algum console). Duke ainda contava com dois motores para gerar a função de vibração.
Outro ponto relevante era a presença de duas entradas para acessórios, como por exemplo para um
Memory Unit (unidade de memória). Semelhante ao
Memory Card do PlayStation, este dispositivo contava com uma capacidade de armazenamento de 8 MB, podendo ser utilizado para armazenar os saves dos games em substituição à memória do console (embora alguns jogos contassem com proteção contra cópia, impedindo o uso do mesmo save em aparelhos diferentes).
Adaptar é preciso
O controle Duke, apesar de ser bem recebido de maneira geral pela comunidade gamer, teve dois pontos negativos que o levaram a ter uma vida mais curta: tamanho e peso. Sendo um dos maiores controles já lançados até hoje (recebendo, inclusive, uma nomeação do Livro dos Recordes em 2008), o dispositivo também era consideravelmente pesado.
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O substituto do Duke |
Assim, entra em cena o chamado
Controller S, inicialmente desenvolvimento apenas para o mercado japonês. O controle contava com um design mais enxuto e ergonômico, o que reduziu o seu tamanho e peso. Sendo assim, o modelo S se tornou o padrão mundial de controle para o Xbox em 2002. Entre as mudanças, é possível notar que os botões branco, preto, X, Y, A e B foram realinhados em um formato mais uniforme em relação à versão anterior.
Nova geração, novo controle
Com o lançamento do Xbox da sétima geração em novembro de 2005, também surgiu um novo controle. Apesar de ser levemente menor que o Controller S, o
360 controller é muito semelhante ao anterior. Os botões “branco” e “preto” foram substituídos por dois botões na parte superior, sendo que agora o “Start” e o “Back” foram movidos para o centro do dispositivo. Outra novidade foi o botão central “Guide”, que permite ao jogador ligar o console remotamente.
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O controle do Xbox 360 é um dos mais populares |
O controle 360 foi produzido em versões com e sem fio, contando com conexão do tipo USB para recarregar as baterias e se conectar com o console. Aliás, este foi um dos pontos fortes do dispositivo, pois graças a esta característica ele pode ser facilmente utilizado em computadores. Isso, além da qualidade geral do aparelho, tornou-o popular entre gamers de PC do tipo Windows, que podia receber a instalação das bibliotecas necessárias sem grandes dificuldades. Em 2010, com o lançamento do Xbox 360 S, surgiu o controle
360 S, contando com algumas melhorias estéticas em relação à versão anterior.
Em time que está ganhando…
De maneira geral, o lançamento do Xbox One em maio de 2013 trouxe um controle sem grandes inovações no seu design. Esta decisão não foi motivada por falta de planejamento ou criatividade, mas simplesmente pela ótima aceitação da versão anterior no console Xbox 360. Algumas leves alterações voltadas para a ergonomia foram feitas, tais como a integração da bateria ao corpo do controle, a adição de uma textura sobre as palancas analógicas e rearranjo de alguns botões.
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Xbox One Controller |
O controle, que conta somente com versão sem fio, também trouxe sensores em conjunto com os motores responsáveis pela vibração, de forma que comandos por movimento pudessem ser reconhecidos pelo console. Finalmente, os botões “Start” e “Back” foram substituídos por “Menu” e “View”, que na prática são equivalentes aos anteriores. Em 2015, uma nova versão do controle veio equipada com conexão 3.5 mm para fone de ouvido/microfone.
Também em 2015, foi lançado em outubro o
Elite Controller, uma nova versão do controle de Xbox One voltada para a “elite gamer”. A grande inovação deste novo acessório foi a estrutura com partes intercambiáveis, permitindo a troca dos analógicos, setas, ajuste da sensibilidade dos botões e a possibilidade de adicionar quatro palancas na sua parte traseira. Além disso, o dispositivo também conta com um software especial para remapeamento dos botões.
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O Elite Controller é cheio de opções de customização |
Em 2016, um novo controle foi lançado em conjunto com o Xbox One S. A principal inovação foi a disponibilização de uma conexão Bluetooth, que facilitou ainda mais a utilização do dispositivo em computadores. Trazendo mais opções de customização para os jogadores, a Microsoft lançou o serviço
Xbox Design Lab. Por uma taxa extra, o comprador pode personalizar cores, acabamento e outros padrões visuais do dispositivo.
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São mais de um bilhão de combinações diferentes com o Xbox Design Lab |
Uma nova proposta
Mas não só de controles viveu o Xbox. Na verdade, o console recebeu um grande reconhecimento mundial justamente por um novo equipamento utilizado para jogar videogame. Lançado em novembro de 2010, o dispositivo
Kinect for Xbox 360 foi lançado pela Microsoft com um objetivo revolucionário: permitir que os jogadores utilizassem os videogames sem a necessidade de um controle físico.
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A primeira versão do Kinect |
Para isso, o dispositivo conta com uma câmera RGB, um laser infravermelho com um sensor especial, e um conjunto de microfones. Desta maneira, o sistema é capaz de realizar reconhecimento facial, captura de movimento e reconhecimento de voz. Através de um software que faz uso conjunto destes itens, o Kinect é capaz de rastrear um número máximo de seis pessoas ao mesmo tempo, podendo realizar uma análise de movimento e extrair comandos de 20 partes diferentes do corpo, como ombros e joelhos, de até dois jogadores simultaneamente. Em 2013 foi lançado o
Kinect for Xbox One, que consiste em uma versão atualizada do “controle”, e que traz melhorias como medição do batimento cardíaco e reconhecimento de expressões faciais.
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O Kinect versão 2.0 |
Além da utilização nos consoles, o Kinect se tornou muito popular por ser um dispositivo para captura de imagens e movimentos de baixo custo e fácil utilização em computadores. Desta maneira, diversos projetos de pesquisa, sobretudo nas áreas de engenharia e saúde, puderam ser desenvolvidos nos últimos anos. Mesmo tendo a sua produção descontinuada no ano passado, ele segue firme como uma boa opção para quem precisa de uma câmera de boa qualidade com programação descomplicada.
Para todos os públicos
Em maio de 2018, a Microsoft divulgou um novo conjunto de dispositivos para Xbox One e Windows 10, chamado
Xbox Adaptive Controller. E qual o propósito deste novo “controle”? Criar uma nova forma de jogar videogame, mas agora pensando em um público em específico: os jogadores com mobilidade reduzida.
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Várias novas formas de jogar videogame |
O Xbox Adaptive Controller consiste em uma espécie de hub, uma unidade central que tem 21 entradas para outros dispositivos. Assim, além de dois botões fixos, o acessório pode contar com pedais, alavancas, botões especiais e outros itens adicionais, que permitem uma interação diferenciada com os jogos eletrônicos.
O que o futuro nos aguarda?
Com uma previsão de lançamento para daqui a dois anos, o mais novo membro da família de videogames da Microsoft, o
Xbox Scarlet, ainda conta com vários mistérios, como, por exemplo, se contará somente com mídia física ou se apresentará diferentes versões de hardware. Obviamente, também fica a dúvida sobre como será o controle deste console.
Será que ele manterá o padrão das últimas gerações? Ou será um dispositivo contando com várias inovações? Seja lá como for este novo dispositivo, ficamos na esperança de que ele inove na medida certa, trazendo novas tecnologias e funcionalidade sem esquecer-se da evolução dos controles de Xbox até hoje.
Revisão: Vitor Tibério
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