Blast from the Past

Blast from the Past - Star Wars: Knighs of the Old Republic II: The Sith Lords (XB)

Enquanto nesta geração a Bioware nos trouxe as sagas de Dragon Age (X360) , ambientado em um cenário de fantasia medieval, e Mass Effect (X... (por Filipe Salles em 06/09/2012, via Xbox Blast)

Enquanto nesta geração a Bioware nos trouxe as sagas de Dragon Age (X360), ambientado em um cenário de fantasia medieval, e Mass Effect (X360) em um cenário futurístico, na geração passada tivemos os jogos da série Neverwinter Nights (PC) e Star Wars: Knights of the Old Republic (XB). O Blast from the Past de hoje tratará do segundo título Star Wars: Knights of the Old Republic II – The Sith Lords (XB) – que terá seu título abreviado para KOTOR II nesta matéria – mostrará os motivos pelos quais este jogo em específico é um dos melhores do gênero e porque ele é um dos mais profundos lançados para o Xbox e PC.


Grande notícia no universo de Star Wars! A República está prestes a ruir!


Exatamente, a República em Star Wars nunca foi uma instituição muito sólida, visto que a frágil situação da mesma quase sempre serve de pano de fundo para a maioria das estórias dentro deste universo. Os eventos de KOTOR II se passam por volta de 4 mil anos antes dos eventos relatados nas sagas principais e 5 anos após os acontecimentos do primeiro jogo. Mostram uma República em frangalhos e até mesmo a Ordem Jedi se encontra com pouquíssimos sobreviventes, sendo estes os membros do Conselho Jedi que estão escondidos por diversos pontos da galáxia, sendo caçados incessantemente pelos Sith.

A história começa com seu personagem, que carrega o título de Exilado, independente de como você o nomeará. Acordando dentro da ala médica de uma estação espacial com pouca memória de seu passado e após vasculhar um pouco a área, você encontra o corpo de uma senhora. Ao aproximar-se, levantará e dará início ao primeiro diálogo do jogo e o pontapé inicial na estória, cheia de surpresas e reviravoltas que te manterá imerso nela durante boas horas da sua vida.



É conversando que a gente se entende


Sem dúvida alguma, o aspecto mais importante de todo o jogo são os diálogos. Se você não gostar de jogos ricos em diálogos, recomendo que procure outro RPG, pois KOTOR II gira principalmente em torno deles. Suas escolhas não determinam apenas seu alinhamento no game, mas o mundo à sua volta e, principalmente, a sua relação com todos os membros de seu grupo.

As opções de diálogo são bastante variadas, não se mantendo apenas na resposta boa, má e a neutra. Cada resposta irá ajudar a definir como será seu personagem, desde o maquiavélico manipulador até o grande herói defensor dos frascos e comprimidos, adicionando muito ao fator roleplay do jogo.



Sorria, você está sendo filmado!


A sensação de se jogar KOTOR II é a de que seu personagem é constantemente vigiado por câmeras e cada ação que se toma está sendo observada e julgada de acordo. Um exemplo do que foi dito é o momento em que sua nave aporta em Nar Shadaa e, em seguida, um pedinte te pede 5 créditos. Independente de sua escolha, Kreia irá lhe demonstrar as consequências de sua ação como demonstrado no vídeo abaixo entre os minutos 5:25 até o 6:20, o que torna este jogo um grande divisor de águas, pois, diferentemente de muitos jogos do gênero, não existe uma resposta certa: todas as suas ações geram consequências positivas e negativas. KOTOR II deixa explícito que cada ação conta.

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RPG eletrônico de mesa!?


Como boa parte dos RPGs da Bioware, a jogabilidade de KOTOR II foi toda montada em cima do sistema d20, familiar a quem já tem o costume de jogar RPG de mesa. “Rolagens de dados” acontecem por trás de cada ação e definem seu sucesso ou o fracasso.

Ele se assemelha aos RPGs de mesa não apenas em relação ao sistema em si, mas na relação entre o jogador e seu grupo. Mesmo sendo controlado por inteligência artificial, o grupo reage de maneira coerente com o conjunto de crenças criado para ele. Porém este mesmo conjunto pode ser alterado de acordo com a influência que o protagonista exerce sobre ele, sendo perfeitamente possível converter um personagem bom para mau e vice-versa, quase da mesma maneira que um personagem criado por um ser humano faria.
Mesmo sem trazer grandes evoluções em relação à jogabilidade, sistema, trilha sonora (esta composta por John Williams, compositor da trilha sonora dos filmes e um dos mais renomados compositores de trilhas sonoras no mundo) e gráficos em si, KOTOR II dá um salto e se aprofunda muito mais na relação do personagem com a galáxia que ele está envolvido, sua história e com os personagens – controláveis ou não – inseridos nela. Isto torna o game um épico no qual seu jogador pode salvar a galáxia ou simplesmente tomá-la para que merece ser jogado várias vezes só para descobrir o que você perdeu no jogo devido às escolhas anteriormente feitas. Para os usuários de PC, KOTOR II acabou de ser lançado na Steam por $9,99 e vale cada centavo investido. E você, quais as melhores recordações que tem desta obra prima? Comente!

Revisão: Leandro Freire


é formado em Administração de Empresas pela UNIGRANRIO, joga videogame desde os quatro anos. Nerd assumido, adora falar sobre cultura geek e videogames, o que o levaram à redação do Xbox Blast e da PlayerTwo. Está no Facebook e Twitter.

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