Trilogia de Alan Wake
Quantum Break surgiu de uma tentativa da Remedy de elaborar uma sequência para o jogo de terror psicológico Alan Wake (X360/PC), de 2010. Um ano após o lançamento da história do escritor de terror, a produtora finlandesa pensou em alguns elementos que mais tarde se tornaram o spin-off Alan Wake's American Nightmare (X360/PC), de 2012.Um protótipo para Alan Wake 2 chegou a ser criado, mas suas características e ideias foram aproveitadas para Alan Wake's American Nightmare e algumas cenas de Quantum Break. Por exemplo, o acidente na ponte do Porto Donnelly no Ato 4: A História Secreta da Viagem no Tempo, de Quantum Break, era uma sequência originalmente feita para Alan Wake 2.
Protótipo de Alan Wake 2 é a inspiração da cena de Quantum Break. |
Apesar de todas as ideias para as próximas duas sequências de Alan Wake, a produtora achou muito arriscado apostar em duas histórias distintas e que se distanciavam substancialmente das características centrais da trama de Alan Wake. O conceito para o que se tornaria Quantum Break surgiu nessas circunstâncias.
Alan Wake, a principal inspiração de Quantum Break. |
De Quantum Suicide a Quantum Break
A ideia original para Quantum Break se mostrou na fase de desenvolvimento de Alan Wake, quando a proposta de viagem no tempo apareceu na forma de um acelerador de partículas localizado fora de Bright Falls que seria o responsável por dar vida às histórias de Alan Wake em uma realidade paralela. Essa é a mesma teoria de física quântica utilizada em Quantum Break, a Teoria dos Universos Paralelos.Quando o segmento, então chamado "Quantum", foi deixado de fora da versão final de Alan Wake, a ideia foi reaproveitada para o primeiro episódio da série paranormal ingame Night Springs, intitulado Quantum Suicide. No episódio em questão, o Dr. Barclay Colvin tenta provar a veracidade da Teoria dos Universos Paralelos ao se ligar a uma máquina que dá acesso a essas dimensões e disparar um tiro contra sua própria cabeça.
A partir da ideia do diretor, escritor e futuro líder de narrativa de Quantum Break, o finlandês Mikko Rautalahti, a Remedy decidiu trabalhar em um novo jogo, com interatividade através de escolhas do jogador e focado na teoria da física quântica das viagens no tempo: sua nova IP, Quantum Break.
Pré-produção e conceitos iniciais
Com a produção do então Alan Wake's American Nightmare em andamento, o ano de 2011 foi usado pela Remedy para elaborar roteiros, ideias, artes conceituais dos personagens, caminhos da narrativa e os conceitos centrais do enredo que viria a ser Quantum Break. O trabalho na nova IP se iniciou em setembro de 2011.Arte conceitual da biblioteca relembra Jurassic Park (Steven Spielberg, 1993) |
Paralelo ao enredo, a Remedy também elaborou as primeiras artes conceituais dos personagens e locais de Quantum Break. Ambientes chave do game como a cidade de Riverport, a Universidade de Riverport, a biblioteca da instituição, bem como o incidente na ponte do Porto Donnelly, foram concebidos desde o início do projeto. A arte dos personagens permaneceu essencialmente a mesma, com a adição do visual do elenco escalado para vivê-los no jogo e na série em live action.
Storyboard do protótipo de Quantum Break |
A Remedy usou o dinheiro da Microsoft para criar uma demonstração do conceito que desejavam trabalhar. Assim, uma primeira demo de gameplay e uma demo da série em live action, ideia presente desde o início do projeto, tiveram lugar na apresentação formal de Quantum Break à multinacional.
Arte conceitual de Jack Joyce, Beth Wilder e Kate Ogawa |
Revisão: Vitor Tibério
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